PERÍCIA E ESTÉTICA: DA IDEIA À CONCRETIZAÇÃO DA JÓIA HISTÓRICA
CURSO LIVRE ONLINE
POR GONÇALO DE VASCONCELOS E SOUSA [MEMBRO PIN HONORÁRIO]

 

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Temas das Sessões

1) Gravuras e Desenhos de jóias europeias: séculos XVI a XX

As gravuras alcançam no século XVI um papel fundamental na disseminação dos modelos de adornos preciosos, período em que a afluência das gemas provenientes do Oriente possibilita a realização de importantes jóias, como as que figuram nos desenhos da duquesa Ana da Baviera. Nos séculos XVII e XVIII o Barroco dá origem a importantes realizações de gravuras, facto que se sucede até aos finais de Setecentos. Na primeira metade do século XIX destacam-se quatro catálogos de ourives existentes em Portugal, com desenhos aguarelados, dois dos quais foram publicados fac-similados. Ao longo da segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX, disseminaram-se as publicações com desenhos de jóias, sobretudo de matriz francesa.

 

2) Espectacularidade das gemas brasileiras na joalharia do século XVIII

O conhecimento da História da Joalharia em Portugal e no Brasil envolve um conjunto de realidades relacionadas com os ofícios de ourives do ouro, cravador e lapidário, para além do estudo da evolução estética, das tipologias de peças e do relacionamento com as mentalidades e a sociedade, neste caso do século XVIII. A perícia de execução, bem como a riqueza das formas e a variedade das gemas brasileiras utilizadas (topázios, crisólitas, granadas, águas-marinhas, ametistas, entre outras) transportam a joalharia setecentista e das primeiras décadas do século XIX para um universo de luxo, fantasia e aparato único, na evolução desta arte.

 

3) Plantas e animais na joalharia europeia do século XIX

A joalharia do século XIX assume uma vertente intimista, recorrendo aos motivos vegetalistas e animais para a materialização de algumas das suas peças mais interessantes. A tal não foi alheio o conceito de Romantismo, que valorizava a Natureza, escolhendo nela alguns dos motivos para decorar ou corporizar as jóias executadas neste século. Assim, vemos broches e pulseiras em forma de cobras, colares com borboletas ou até carapaças de insectos usados para realizar os adornos. E os motivos da flora são constantemente utilizados, com base nas formas e, quanto à decoração, recorrendo aos esmaltes e às pedrarias coloridas

 

4) Os estojos, antecâmaras das jóias

Os estojos das jóias assumem, desde o século XVIII, uma perspectiva evolutiva no recurso a diferentes matérias, formas e soluções decorativas. A partir de numerosos exemplos, será traçada a evolução do estojo em Portugal (e também no mundo), desde o recurso ao couro carmesim no século XVIII, com gravados a ouro, até às diversas soluções encontradas no século XX. Veludo, pelúcia, couro, papel foram outros materiais utilizados no exterior, optando o interior por diversas soluções que privilegiavam a valorização da jóia no seu todo, sobretudo quando o adereço em causa possuía avultadas dimensões.

 

5) Jóias Art Déco: entre o exotismo e a elegância das formas

Assumindo um leque de interpretações tão diversa, a joalheria Art Déco valorizou a elegância da jóia, numa linha de inovação começada décadas antes com a linguagem Arte Nova. Nesta corrente estética, a presença das gemas, designadamente algumas provenientes dos tesouros dos príncipes indianos, permitiu uma dimensão exótica. Os diamantes, o coral e o ónix, bem como as esmeraldas e as safiras, conjugaram-se para formar jóias de linhas geométricas; outras vezes assumiam a matriz egípcia, outra influências detectáveis. Por vezes dispostas na horizontal, outras na vertical, assumidas por grandes joalheiros como a Casa Cartier, as jóias Art Déco fascinam pela simplicidade de uma criatividade que apostou nas gemas e nas formas para a imagem final do adorno.

 

14, 21 e 27 de maio;

4 e 11 de junho de 2020.

18h30 às 19h30

 

Preço: 50,00€

Membros PIN: 45,00€

Inscrições: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

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